A terceira, última e mais ávida lembrança do inicio do vôo livre vem de alguns meses após minha formatura como piloto.
Nesta fase o recém formado, o piloto realiza mais de 1 vôo por dia e voa todos os dias que pode, é como um vício que toma conta da cabeça da gente de tal forma que você relembra constantemente os vôos passados e anseia pelos próximos, nos tornamos pessoas chatas pois o único assunto que falamos dia e noite é voar!!!
Pois bem era um dia de sudoeste em São Conrado, inverno poucas térmicas, decolagem tranqüila, basicamente uma decida divertida como diria minha mulher, Lá pelas tantas sobrevoando a praia do pepino, noto um objeto pontudo estranho de cor azul na minha esquerda, eu olho fixamente para ele sem entender o que era aquilo.
Que merda é essa pensei comigo. Era comprido e azul, e parte dele estava acima de mim, fui seguindo com os olhos até que me dei conta de que... poha era a minha asa...
Na época achei engraçado e fiz piada do meu, “retardamento” mental por assim dizer. Alguns anos mais tarde quando assistia uma reportagem sobre o poder da mente humana e mais recentemente lendo o post do Edu lembrei do episódio da mesma forma.
Eu tinha abstraído a asa de tal forma que cheguei realmente a acreditar que era capaz de voar sem asas...
Acho que estou precisando voar... ☺
Nenhum comentário:
Postar um comentário