sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Feriado de Finados em Andradas

E chovia, chovia, chovia até que Pedrão resolveu dar uma trégua para a galera do Vôo e segurou a chuva. Não deu outra, desmarquei os compromissos (tinha um aniversário de um amigo do colégio da minha filha) e partimos para Andradas na sexta a tarde mesmo.

O horário de verão e o hábito de acordar cedo me permitiu chegar na rampa com tempo de sobra para a preparação. No final do dia este fato aliado a falta de ritmo de vôos faria uma grande diferênça.

Pois bem, naquela de hora de verão x hora de Deus fizemos os cáculos para decolar as 12:30, afinal de contas estamos na primavera e não tem porque esperar até as 14:30 para decolar.

Equipado, radio funcionando, resgate com rádio e aqui vamos nós! Belas formações enchiam o céu e o horizonte. Com uma decolagem tranquilissima mandei para a direita da rampa onde a galera já estava subindo. Os primeiros sinais de que algo não estava correto foram logo se mostrando. Alipio estava ralando em cima do pouso de NE sem conseguir subir, a cordilheira não oferecia grandes térmicas, apenas bolhas falhadas. Daniel estava comigo tentando se segurar e o Edson jogou pra trás na esperança de algo melhor.

Deixei o Alipio ralando em cima do pouso e voltei para a rampa na esperança de algo melhor pois os parapentes estavam subindo em cima da rampa. A decisão se mostrou acertada e consegui uma subida consistente, agora sim começou o voo pensei. A 1750m do mar, apenas 150m acima da rampa cheguei na base e pensei comigo mesmo, cara, hoje vai ser phoda. Dei de cauda para o vento e parti para o cross.

Parti para baixo seria a expressão correta. Ao pular a cordilheira fiquei quase a 100 metros do chão e passei 40 minutos tentanto não cair. Edson já tinha pousado e ao passar por cima dele fui atingido por turbulência pesada, resolvi que não pousaria e fiquei enrroscando bolhas que se desprendiam do pouso. Tinha certeza que se pousasse ali me machucaria ou quebraria alguma coisa.

Lá pelas tantas e praticamente tonto de tanto girar e com os ombros doendo, cheguei na base. Menção honrosa para o Daniel que tirou literalmente de 50 metros do chão e foi pra base.

A segunda peguei na entrada de Jardim, lisinha e gostosinha que levou a mim e um parapente para a base da nuvem novamente com direito a uma rápida entubada. A base continuava muito baixa, 1900 metros mas estava subindo. Neste dia chegaria a 2200, se o cabra estivesse com vontade de entubar batia uns 2400.

Toquei o bonde adiante indo em direção a Pinhal. No meio do caminho, encontrei uma turbulenta de dar nojo onde cometi o erro do vôo, sem ritmo de voo e já sem braços para segurar a asa abandonei a turbulenta para buscar algo mais liso a frente, acabei não encontrando nada e pousei na entrada de Pinhal em um arado enorme.

Não demorou muito tempo para a resgata e resgatinha me encontrarem e voltarmos para a pousada.

Daqui a pouco posto fotos e videos do dia.

até a próxima

domingo, 15 de setembro de 2013

Foto e Video do FDS

Gigi na foto com papai pronto para decolar


Decolagem. Apesar de levar a camera eu não tirei nenhuma foto...

sábado, 14 de setembro de 2013

Voltando a voar (e a pregar) como gente grande

Começou! Térmicas de 3 a 4m/s em andradas, no pico agudo há relatos de 8m/s subindo tudo. Sabado dia 7 muitos foram protestar outros foram voar e outros pregaram. Pois é, no dia em que todos absolutamente colocaram kilometros sob as asas eu preguei. O voo durou exatos 1:36 minutos de pura revolta comigo mesmo, pura avaliação errada.

Parado na rampa notei que o vento havia diminuido e os paracas voando na frente tinham dificuldade em subir. Esperei um pouco e mais um pouco quando notei 2 deles começando a enroscar a esquerda, decolei, joguei debaixo dos dois e com os dois pousei. Um pouco mais de paciência teria ajudado mas o mês e meio sem voar me deixou afoito e com vontade de voar, receita para coisas darem errado.

No dia seguinte o vento entrou de sul e neste lado eu tinha mais altura para, vamos dizer, errar. A ideia era realizar o triângulo Andradas, Ibitiura, Jardim e pousar no sul mesmo. Decolei e logo peguei uma na cara da rampa que me jogou na base, fui acompanhando a cordilheira na direção de Andradas mas não pegava nada de decente pelo caminho. Em cima das torres eu fiquei ciscando alguma coisa pois se tentasse passar pela cidade iria chegar do outro lado procurando pouso já.

Infelizmente fique uns 15 minutos no 0 a 0 e não saía do lugar então retornei para a rampa na esperança de fazer o triangulo ao contrario, começando por Jardim. No mesmo lugar onde havia começado o voo, girei-a novamente e fui a base. Mandei na direção de Jardim só pra ver o mundo afundar junto comigo.

A meio caminho de Jardim tive de fazer a escolha de continuar em frente e provavelmente pousar na beira da estrada ou voltar e tentar outra coisa. Decidi voltar mas afundei tanto e quando cheguei estava tão baixo e só me restou fazer a perna do vento e pousar no sul mesmo

Pelo menos o segundo vôo foi melhor que o primeiro.

Tracklog do voo: xc brasil

até a próxima.

sábado, 8 de junho de 2013

Sábado de SO moderado em São Vicente.

Depois de mais de um mês sem voar por causa do trabalho, a gente tem que sustentar o vício :) finalmente entrou de frente na baixada.

50 Minutos de higiene mental no lift de São Vicente para limpar a mente, abaixo fotos e um vídeo da decolagem


Patroa me flagrou fazendo o pré-flight



sábado, 13 de abril de 2013

Dobrando o Para-quedas de emergência.

Final de semana passado eu tirei para redobrar o para-quedas de emergência. Temos que fazer isso de ano em ano para prevenir mofo, substituir as travas de borracha que podem ressecar e impedir a abertura do para-quedas e para tirar a estática que pode impedir a abertura dos paineis.

Sempre que dobro o para-quedas fico na dúvida se o fiz corretamente e se ele abriria em uma eventual necessidade. Pois bem, sábado passado, pedi a ajuda da patroa para lançar o pacote no playground do prédio em que moro. Eu geralmente jogo o pacote ele destrava e o canopi fica estendido no chão. Só que dessa vez estava batendo uma brisinha que abriu o para-quedas e quase leva a patroa embora.

Bom, pelo menos agora eu sei que ele funciona :)

Depois de um dia arejando e limpando os paineis, no domingo de manha eu o dobrei e coloquei de volta no cinto.

Abaixo algumas fotos do processo


Bullet com o receptaculo do paraquedas aberto



O pacote recem removido do bulet, já sem as travas.



Paraquedas já dobrado, pronto para a colocação das travas.



Pacote fechado pronto para a instalação on bullet
 

domingo, 31 de março de 2013

Fotos do feriado voando...


Alto sobre Santo Antônio do Jardim



Espirito Santo do Pinhal



Alto sobre Pinhal olhando na direção de São João



Chegando em São João da Boa Vista


Pousado próximo a São João explicando a resgata e resgatinha como me encontrar



O arado em que eu pousei perto de São João

Pascoa 2013 em Andradas

Fazia tempo que não via a rampa de Andradas tão cheia. Chegamos por volta das 10:00, o vento ligeiramente de NE e céu azul. Urubu velho do pico montei a asa perto da rampa sul já esperando a virada do vento.

O céu começou a formar cedo, o Fabio decolou de duplo de parapente e estampou colado na cordilheira. Marião veio logo atrás mas ele não teve a mesma sorte e foi direto para o pouso. Eu era o próximo na fila de decolagem e fiquei na rampa, engatado e equipado, sorte que estava frio senão ia derreter de tanta roupa. 

Fiquei marcando 2 paramentes que lutavam para subir mas sem muito sucesso e lá pelas tantas um paraca deles começa a subir forte sobre o pouso sul e eu não tenho dúvidas, decolo e vou pra cima dele. O paraca abandona a térmica os urubus que estava com ele batem asas e eu mando meio mundo a merda. A partir daí e pela próxima meia hora fiquei batalhando, ralando, apostando e acertando umas e errando outras para evitar um pouso precoce.

Decolei a 1:15 e lá pelas 2 da tarde engato em uma lisa sobre o matadouro perto do pouso sul que me levou a 2400, cara que alivio e que frio mas eu estava no vôo de novo, chega de enrolação, vamos para o cross.

O plano era fazer um triângulo de 100Km: Andradas, Mogi, Aguai, Andradas mas o tempo gasto lutando com a saída já me tirou parte do ânimo. 

A condição claramente tinha 2 camadas, sustentação espetacular na camada mais alta e afundamento absurdo nas camadas mais próximas ao solo.

Durante a tirada outro evento que me mostrou que a coisa não seria fácil, o vento estava de sul. Engatei em uma forte sobre pinhal cuja deriva me empurrou de volta para o pouso sul. Continuei forçando o contra-vento e entre as cidades de pinhal e jardim centrei outra que a deriva me deixou em jardim novamente. Essa seria a tônica desta perna do vôo, contra vento e deriva de termal me trazendo de volta, fazia tempo que não caçava e soltava o CG com a freqüência.

Ralei muito pra chegar em Pinhal e quando percebi a hora (15:30) sabia que não conseguiria fechar o triângulo de 100 sem um substancial milagre. Resignado, resolvi alterar os planos para um triângulo mais modesto. Andradas, Pinhal, São João, Andradas.

Sobre o campo de pouso dos Irmãos Ribeiro em Pinhal, aproei norte e fui em direção a São João. Como era a primeira vez que fazia essa rota, não conhecia os gatilhos e estava tateando, identificando gatilhos mas a eficiência deles não era a mesma da primeira perna. A meio caminho de São João eu quase pousei mas fui salvo pelos aerobus que birutaram uma salvadora atras do pouso.

Depois dessa, a condição começou a fraquejar e eu a testar um monte de pequenas bolha sem conseguir pegar nada que prestasse no caminho até a cidade. Olhava na direção de Andradas, com a altura que estava não conseguiria chegar ao pouso sul e no meio do caminho umas roubadas enjoadas me davam medo e com patroa e patroinha no resgate uma coisa era certa, eu não seria encontrado tão facilmente.

Fiquei tentando encontrar algo sempre no cone do aeroporto de São João até que por volta das 16:00 a condição finalmente apagou e o ar ficou liso, dei uns bordos sobre um arado ao lado do aeroporto alinhei e pousei.

Patroa e Patroinha me encontraram as 17:30 e voltamos para a pousada.

é isso ae pessoal, amanha tem mais.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Primeiro Voo de 2013

Achei que fosse demorar mais mas no meio de janeiro de 2013, eu realizei o primeiro voo do ano. Não contava com um voo tão cedo no estado de São Paulo pois a ZCAS estava a toda trazendo chuva para a região sudeste.

O voo foi em uma sexta, eu fiquei corujando a condição desde terça. A umidade ia descendo mas a direção do vento não mostrava sinais de melhora continuava firme de SW. A decolagem de SW em São Vicente é considerada traiçoeira pois o vento entra com força mas sem "pressão". Você corre a asa sai do seu ombro e quando chega no fim da rampa ela simplesmente desaba dando um susto no pessoal.

E assim foi minha decolagem. Corri feito um condenado, a asa saiu do meu ombro e no fim da rampa afundei tudo. Raspei os pés na mata logo abaixo e alcei voo, obrigado Senhor.

Abaixo um videozinho da decolagem.



O voo não foi nada de mais, lift na montanha com pequenas bolhas se desprendendo, serviu para afinar os braços para as condições mais fracas de resto 200m acima da rampa durante uns 50 minutos e depois para o pouso.

Serviu para remover as teias de aranha da vela, treinar uma decolagem e um pouso.

Abaixo algumas fotos do dia.



Gigi ajudando o Pai nos preparativos



Vista da rampa do Itararé em São Vicente